Dia 9: A Imaculada, Rainha da nova criação

Oração inicial para todos os dias

Dirigida ao Pai Eterno, na unção do Espírito, olhando para Maria como Obra-prima da Santíssima Trindade

Pai Eterno,
Fonte inesgotável do Ser e do Amor,
que ao pronunciar desde a tua eternidade o Nome do teu Filho quiseste que ressoasse também no silêncio branquíssimo de uma Mulher,
te bendigo pela Imaculada Conceição de Maria,
primeiro destello da Redenção, aurora intacta que antecipa a luz do Dia eterno.

Tu, que desde sempre sonhaste uma criatura capaz de dizer “sim” sem sombra,
uma carne sem ferida que pudesse acolher o Verbo sem tremores,
quiseste para o teu Filho uma Mãe pura, forte, luminosa,
e para nós, seus irmãos, uma compaixão sem limites.
Por isso a preservaste do pecado original
e a introduziste na história como um rio de graça que nunca se enturva.

Pai Santo,
olha as nossas vidas tantas vezes cansadas,
feridas pelo pecado, vencidas pela pressa, dispersas pelo ruído.
E pelo amor que tens a essa Mulher sem mancha,
faz que neste Advento Cristo encontre em nós uma gruta,
pobre mas aberta, disponível, humilde, desejosa dEle.

Envía sobre nós o Espírito Santo,
esse mesmo Espírito que cobriu Maria com a sua sombra fecunda
e a fez Mãe do Verbo.
Que Ele purifique o nosso coração,
nos devolva a simplicidade perdida
e nos dê um olhar parecido com o dela.

E tu, Maria Imaculada,
Pátria limpa onde Deus quis nascer,
faz que esta oração suba ao Pai com a tua mesma música.
Impela-nos para Jesus,
acompanha os nossos cansaços,
cura as nossas tristezas,
volta a acender-nos por dentro com a alegria dos filhos.

Amém.

A Imaculada, Rainha da nova criação

A história terminará como começou:
com uma Mulher vestida de sol, unida ao Cordeiro,
vencendo o Dragão pela sua fidelidade.

A Imaculada é primícia e coroa.
Entrada e final.
Raiz e fruto.

Onde está Ela, a criação respira esperança:
o mal não tem a última palavra;
o pecado não é irrevogável;
a santidade é possível.

Olha-a coroada, luminosa, radiante.
Assim nos quer Deus; assim nos conduzirá Ela.

Oração:
Maria Imaculada, rainha sem mancha, guia a minha vida até Cristo.
Guarda o meu coração do pecado, acaricia a minha fraqueza com a tua mão e leva-me ao céu.
Amém.

Oração final 

Maria Imaculada,
Tota pulchra desde a aurora eterna,
Medianeira de todas as graças que Cristo nos mereceu,
Corredentora associada ao único Redentor na hora santa do Calvário,
Advogada poderosíssima que nunca abandonas quem te suplica,
Mãe espiritual da Igreja e de cada um dos seus filhos,
Padroeira amantíssima de Espanha, que te reconheceu sempre como sua Rainha,

acolhe a minha gratidão e a minha súplica;

deposito-as nas tuas mãos
como quem entrega uma pequena vela à claridade do meio-dia.
Não olhes tanto a pobreza da minha oração
quanto o desejo de amar o teu Filho com um amor parecido com o teu.

Mãe Imaculada,
volta os teus olhos misericordiosos para Espanha, que é tua,
marcada pelo teu nome nos seus montes e nos seus mares, nas suas cidades e aldeias,
que quis —e quer— continuar a ser terra de Maria Santíssima.
Guarda-a na unidade, na fé, na pureza das suas raízes cristãs.
Que não se apague nela a oração,
nem se borre a memória de Deus,
nem se derrubem os sinais que recordam ao mundo
que Cristo venceu.

Faz, Mãe Imaculada,
que em Espanha continue de pé a Cruz, alta, serena e visível,
como coluna de céu plantada na nossa história
e como testemunha silenciosa da vitória do Amor.
Que nenhuma sombra, nenhum medo, nenhuma ideologia
possam abater a Cruz que proclama, desde o alto,
que só o perdão cristão ilumina.

E a mim, teu filho,
limpa-me com a tua luz,
ensina-me a entregar-me sem reservas,
a obedecer ao Espírito como Tu obedeceste,
a permanecer junto a Cristo com a mesma firmeza
com que tu permaneceste junto à Cruz.

Maria Imaculada,
Medianeira, Corredentora, Advogada, Mãe e Senhora,
leva-me da tua mão até Jesus.
E quando chegar a minha última hora,
cobre-me com o teu manto
e apresenta-me ante o Pai
com a ternura com que levavas a Criança em Belém
e com a fortaleza com que estiveste ao pé da Cruz.

Assim seja.

Textos e reflexões de Mons. Alberto José González Chaves

Ajude a Infovaticana a continuar informando